A Agrogalaxy divulgou nesta segunda-feira seu plano de recuperação judicial, protocolado dentro do prazo de 60 dias após o deferimento do pedido. O plano, homologado pela Justiça de Goiás, apresenta condições distintas para diferentes credores. Para parceiros, colaboradores e produtores rurais, as condições são mais favoráveis, enquanto para outros credores, o cenário é mais rígido. O documento menciona a venda de Unidades Produtivas Isoladas (UPIs), mas não fornece detalhes sobre novos aportes financeiros, como empréstimos ou investimentos.
A dívida total da Agrogalaxy é superior a R$ 4 bilhões, com bancos e fornecedores sendo os principais credores. Os credores quirografários (sem garantia) receberão suas dívidas com um deságio de 85%, em até 16 anos, sendo três anos de carência. Credores com garantia fiduciária de grãos têm duas opções de pagamento, com prazos e conversão de parte da dívida em ações da empresa.
Fornecedores parceiros terão suas dívidas quitadas em até dez anos, com dois anos de carência. O plano foi elaborado com a participação desses parceiros, que influenciaram as condições. Instituições financeiras parceiras terão seus recebimentos feitos em 11 anos, com valores corrigidos pelo IPCA, e deverão disponibilizar novas linhas de crédito à empresa.
Credores trabalhistas de até 150 salários mínimos serão quitados em 12 meses, com pagamento inicial de R$ 6 mil. Microempresas e pequenos credores terão a opção de um pagamento único de R$ 1 mil ou, caso não escolham, um prazo de carência de dois anos. Produtores que seguiram com a empresa receberão 25% da dívida nos dois primeiros meses, com o saldo até abril de 2027. Credores têm 30 dias para manifestar objeções ao plano.