Em uma tentativa de solucionar os conflitos agrários entre produtores rurais e comunidades indígenas em Mato Grosso do Sul, as autoridades estaduais e federais estão implementando um programa de indenização para proprietários de terras em áreas disputadas. Essa medida visa não apenas apaziguar as tensões, mas também enfrentar a crescente influência de grupos criminosos na região, especialmente nas áreas de fronteira.
Em uma reunião recente em Brasília, o governador do estado dialogou com o ministro do Supremo Tribunal Federal, que coordena uma mesa de conciliação sobre a questão do marco temporal das terras. A discussão surgiu após a morte de um indígena guarani kaiowá em Antônio João, que ocorreu durante uma operação policial relacionada a um conflito fundiário.
O governador enfatizou a importância de encontrar um caminho que promova a paz e a segurança para todas as partes envolvidas, buscando um equilíbrio entre os direitos de propriedade e a demarcação das terras indígenas. Ele ressaltou a necessidade de um diálogo construtivo e da paciência entre os indígenas e os proprietários, com o objetivo de resolver as disputas de forma pacífica.
Além disso, a questão do crime organizado na região foi um ponto importante na reunião, com relatos sobre a interferência de traficantes em áreas indígenas. O governador fez questão de distinguir entre os conflitos agrários e a criminalidade, apontando que ambos precisam ser tratados separadamente, embora a situação de instabilidade possa facilitar a atuação de grupos criminosos.