A partir desta segunda-feira, 16 de setembro, os produtores de soja de Mato Grosso do Sul iniciam o plantio da safra 2024/2025 com expectativas positivas. De acordo com a Associação dos Produtores de Soja de MS (Aprosoja/MS), a área destinada ao cultivo da oleaginosa deve alcançar 4,5 milhões de hectares, marcando um aumento de 6,8% em relação à safra anterior. A previsão é de uma produtividade de 51,7 sacas por hectare, o que representa um incremento de 5,9% em comparação ao ciclo passado.
A produção total estimada é de 13,9 milhões de toneladas, um crescimento de 13,2% em relação às 12,3 milhões de toneladas da safra 2023/2024. Apesar das boas perspectivas, o presidente da Aprosoja/MS, Jorge Michelc, alerta para os desafios que os produtores enfrentarão, incluindo condições climáticas adversas e a necessidade de uma gestão financeira eficaz para lidar com as perdas anteriores.
O coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta, destaca que as safras recentes foram impactadas por condições climáticas desfavoráveis, que afetaram a produtividade. Ele enfatiza a importância de uma abordagem estratégica para superar esses desafios e maximizar o potencial da nova safra.
Fábio Caminha, diretor-secretário da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), ressalta que, embora os produtores sejam resilientes, é crucial que busquem capacitação e revisão de suas estratégias para enfrentar as dificuldades financeiras e operacionais. O Senar/MS desempenha um papel importante em oferecer suporte e treinamento aos produtores.
O clima será um fator determinante, com o fenômeno La Niña impactando a regularidade das chuvas. Mato Grosso do Sul está sob a influência de um La Niña de intensidade fraca a moderada, o que traz incertezas quanto ao volume de precipitação nos próximos meses.
Economicamente, a safra 2024/2025 tem o potencial de ser mais vantajosa em comparação com a anterior. A demanda internacional por soja continua a crescer, o que pode influenciar positivamente os preços, que devem variar entre R$ 120,00 e R$ 130,00 por saca.
O custo de produção foi estimado em R$ 5.987,24 por hectare, uma redução de 3% em relação à safra anterior. No entanto, alguns custos, como sementes e fertilizantes, apresentaram aumentos. A Aprosoja/MS também destacou a adoção de tecnologias biológicas, que, apesar de aumentarem marginalmente os custos, oferecem benefícios adicionais.
O período de vazio sanitário, que vai de 15 de junho a 15 de setembro, foi estabelecido para controlar a ferrugem asiática, uma doença que pode reduzir significativamente a produção de soja. A medida é crucial para enfrentar a doença, que foi a terceira mais comum em Mato Grosso do Sul na safra anterior.
Com o início do plantio nesta segunda-feira, o setor agrícola de Mato Grosso do Sul se prepara para um novo ciclo de desafios e oportunidades, com a esperança de que a safra 2024/2025 traga resultados positivos para os produtores e para a economia do estado.
fonte:aprosoja/ms