PMA de São Gabriel do Oeste autua fazendeiro por queima descontrolada

Durante blitz ambiental, a PMA de São Gabriel do Oeste, presenciou uma queima de vegetação que fugiu do controle. O dono do lugar, que já tinha uma “ficha” por problemas ambientais, alegou que estava apenas limpando tocos e folhas de Palmeira Bacuri. O problema é que o fogo, que ele jurou ser controlado, se espalhou rápido demais. O saldo: 4,24 hectares de pastagem queimados e mais de 40 hectares de Área de Preservação Permanente (APP) atingidos, incluindo parte da fazenda vizinha.

A seca e o calor extremos dos últimos dias não ajudaram em nada. Foram quase 10 dias até que o incêndio fosse finalmente controlado, com a ajuda do Corpo de Bombeiros. E, claro, o estrago foi grande.

Incêndio que se iniciou em área de pastagem fugiu do controle, atingindo 40 hectares de área preservada e gerando prejuízo financeiro ao proprietário.
Incêndio que se iniciou em área de pastagem fugiu do controle, atingindo 40 hectares de área preservada e gerando prejuízo financeiro ao proprietário.

 

Multa pesada no bolso

A Polícia Ambiental não teve dúvidas: o fazendeiro cometeu uma série de infrações ambientais, a começar pela destruição da APP. Além disso, usou fogo sem autorização em uma época em que qualquer queima controlada está proibida no estado, desde junho de 2024, por causa da seca.

O resultado? Uma multa salgada de R$ 204.500,00 pela destruição da área protegida e mais R$ 4.240,00 pela queima dos hectares de pastagem. Somando tudo, o fazendeiro terá que desembolsar R$ 208.740,00.

Queima mal planejada na zona rural de São Gabriel se espalha para APP e faz o proprietário arcar com mais de R$ 200 mil de multa.
Queima mal planejada na zona rural de São Gabriel se espalha para APP e faz o proprietário arcar com mais de R$ 200 mil de multa.

Reincidente e na mira das autoridades – Se a situação não fosse grave o suficiente, ainda tem um detalhe importante: o dono da fazenda já tinha sido multado pelo mesmo motivo em 2022. Agora, além de pagar as multas, ele também responde por crime ambiental, já que o caso foi denunciado à Polícia Civil de São Gabriel do Oeste, que está acompanhando a situação de perto.

Uso do fogo: problema que se repete – A Polícia Ambiental aproveitou para lembrar o que parece estar sendo esquecido por muitos: o uso de fogo, especialmente em tempos de seca, traz enormes riscos. A prática da queima controlada foi suspensa por conta da estiagem severa, mas, mesmo assim, muitos ainda ignoram o alerta. O resultado, como visto, pode ser desastroso – não só para o meio ambiente, mas também para a saúde pública.

A queima mal planejada virou um problema recorrente no estado, e o recado foi claro: a insistência em desrespeitar as regras ambientais pode custar caro – tanto no bolso quanto na relação com a lei.

 

 

 

pma/sgo

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