Exportações de soja de MS rendem 28% menos em julho +

Mato Grosso do Sul apresentou queda de 26% nas exportações de soja, equivalente a 164 mil toneladas, frente ao mês de julho do ano anterior. O valor faturado de US$ 280 milhões foi 28% a menos que o referido período de 2023 e 26% abaixo do montante do mês de junho de 2024, de acordo com o Boletim de Exportação Secex, elaborado pela Aprosoja-MS (Associação de Produtores de Soja de MS).

Nesta safra 2023-2024, Mato Grosso do Sul produziu 12 milhões de toneladas de soja, 3 milhões de toneladas a menos do que o produzido na safra anterior, sob influência do clima. Neste atual ciclo, a comercializada de soja em MS já chegou a 70%.

O indicador Cepea/Esalq da soja, segundo boletim do Siga-MS (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio),  foi cotado a R$ 127,38/sc em 19 de agosto. Esse patamar representa uma desvalorização de 4,26% comparado aos R$ 133,05 do dia 12 de agosto. Em relação ao mesmo período no ano passado, houve desvalorização nominal de 14,31% tendo em vista que o indicador foi cotado a R$ 148,66 /sc.

No ranking dos estados exportadores de soja em grãos, o Mato Grosso ocupou o primeiro lugar com 30,64% da receita total com as vendas do Brasil para o mercado externo de janeiro-julho de 2024. Mato Grosso do Sul ficou na quinta posição com 6,81% na participação nacional das exportações de soja.

Farelo também registra queda

Em MS, segundo números do Projeto Siga-MS, o  volume exportado de farelo de soja em julho foi de 113,21 mil toneladas e a receita foi de aproximadamente US$ 47,09 milhões. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve uma queda de 10,55% no valor das exportações de farelo de Soja no MS. O Brasil registrou uma queda de 21,45% na receita com as exportações de farelo de soja em julho de 2024 comparado com julho de 2023 e o faturamento neste mesmo período em 2024 foi de US$ 823,28 milhões.

O principal destino da oleaginosa sul-mato-grossense foi a China, responsável por adquirir 94,7% do volume total exportado, seguida pela Argentina e Vietnã, com cerca 1,4% cada. O porto de Paranaguá (PR) foi a principal porta de saída da soja em grão sul-mato-grossense em julho de 2024 com participação de 51,35%.

No mesmo período, a exportação do milho apresentou queda de 56%, equivalente a 16,2 mil toneladas; e 50% em termos monetários, quando comparado com julho de 2023. Contudo, em relação ao mês de junho deste ano, a comercialização externa do cereal apresentou um aumento expressivo de 12,6 mil toneladas. O principal destino do milho foi a Coreia do Sul, que recebeu 8 mil toneladas, seguido pelo Japão e Vietnã.

Vendas de milho ainda patinam

Segundo levantamento realizado pela Granos Corretora, até 19 de agosto, o MS já havia comercializado 37,50% do milho segundo safra 2024, que representa leve avanço de 0,80 pontos percentuais do índice apresentado em igual período de 2023.

Entre 12 e 16 de agosto, o valor médio da saca de milho foi de R$ 48,50/sc, que representou valorização de 25,41% em relação ao valor médio de R$ 38,67/sc no mesmo período de 2023.

Panorama Nacional

O Brasil registrou um aumento de 16% no volume de soja exportado em julho deste ano, quando comparado ao mesmo mês de 2023. O incremento somou aproximadamente 1,55 milhão de toneladas a mais enviadas ao mercado internacional.  Em valor monetário, as operações de soja totalizaram US$ 4,99 bilhões, 5% a mais que o mês de julho de 2023. No entanto, quando comparado com o mês de junho deste ano, a comercialização de soja apresentou uma redução de 19%, o que significou diminuição de 2,7 milhões de toneladas.

O principal destino foi a China, que absorveu 79% do volume, equivalente a  8,9 milhões de toneladas importadas.

Já o milho, no comparativo com o mesmo mês do ano anterior, teve queda de 16%, equivalente a 677 mil toneladas. Em valor monetário, a redução na exportação foi de 32% em relação ao referido período. Quando comparado com o mês de junho deste ano, a exportação de milho no cenário nacional teve incremento de 318%, equivalente a 2,7 milhões de toneladas, com principais destinos o Egito, Argélia e Arábia Saudita.

 

 

 

fonte: Aprosoja/MS

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