O Brasil tem grande potencial para aumentar sua participação nas exportações de grãos e carnes. Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA, o país poderá ser responsável por 66% da soja, 33% do milho e 30% do algodão adquiridos globalmente até 2033/2034. Além disso, poderá exportar 41% do frango, 19% da carne suína e 29% da carne bovina no mesmo período. Esses dados foram apresentados por Marcos Fava, durante o 13º Congresso Andav em São Paulo.
Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da ABAG, destacou que o Brasil lidera globalmente não apenas em recursos naturais, mas também em biocompetitividade. Ele ressaltou a alta produtividade e as baixas emissões do agro brasileiro, além da superior capacidade fotossintética da agricultura tropical em comparação com a temperada, o que, combinado com o uso intensivo, melhora os solos do país.
Carvalho também abordou o aumento das medidas protecionistas, enfatizando a necessidade de cooperação e revitalização do multilateralismo para enfrentá-las. “Cooperação está ligada à criação de alianças com atores importantes que podem trabalhar conosco para equacionar o desafio do unilateralismo”, avaliou. Nesse sentido, ele ressaltou as recentes reuniões com os Estados Unidos para tratar dessa questão.
No painel “Produção, Mercado e Exportação: a Liderança do Brasil na Segurança Alimentar,” Sueme Mori, diretora da CNA, destacou a necessidade de o agro brasileiro focar no acesso a mercados e na promoção do país como produtor sustentável. Ela apontou a crescente demanda por alimentos em países do Sudeste Asiático e da África Subsaariana, e a importância de estratégias de exportação para essas regiões. Mori também ressaltou a relevância de continuar atendendo grandes compradores como a União Europeia e a China.
fonte: ABAG