No último dia 17 de junho, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), junto com a Embrapa, realizou um workshop em Brasília para desenvolver diretrizes do Sistema Unificado de Assistência Técnica e Extensão Rural (SUATER). O objetivo foi fortalecer o suporte técnico aos agricultores familiares e promover uma agricultura brasileira mais sustentável e inclusiva.
Embrapa está junto no movimento – Foto: Divulgação
Durante o workshop, o ministro Paulo Teixeira do MDA enfatizou quatro desafios centrais que o SUATER pretende enfrentar. Primeiramente, destacou a necessidade de reduzir as desigualdades sociais no campo, visando diminuir as disparidades persistentes no ambiente rural brasileiro. Além disso, ressaltou a contradição entre uma agricultura robusta e a insegurança alimentar, apontando que, apesar do país possuir vastas áreas agricultáveis e um setor agropecuário forte que exporta globalmente, ainda há 10 milhões de brasileiros em situação de fome.
Teixeira também abordou os desafios da crise climática, argumentando que a agricultura brasileira deve adotar tecnologias avançadas para enfrentar secas e chuvas extremas. Por fim, enfatizou a necessidade urgente de transição para uma agricultura digital e sustentável, abandonando práticas químicas obsoletas em prol de métodos mais eficientes e ambientalmente responsáveis.
O ministro enfatizou a necessidade de fortalecer instituições como a Embrapa e as EMATERs para o sucesso do SUATER, além de destacar a importância de apresentar a proposta do sistema ao Congresso Nacional até outubro. Ele assegurou a participação de diversos setores no processo, incluindo representantes do setor público, privado, sociedade civil e parlamentares. O SUATER visa promover práticas agrícolas sustentáveis e inclusivas, orientando a transição agroecológica para melhorar a qualidade de vida das comunidades rurais e garantir uma vida digna.
Josana Lima, representante da Contraf/CUT, destacou a importância do diálogo contínuo entre o governo e as comunidades rurais: “Não podemos ter um campo sem terra, água, estradas, comunicação e, claro, assistência técnica. O governo precisa estar atento às necessidades da comunidade rural e garantir que a assistência técnica seja acessível e eficaz.”
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