Falta de investimento põe em risco funcionamento do Pix, diz Campos Neto

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse, durante evento em São Paulo nesta segunda-feira (22), estar preocupado com a queda no orçamento da autarquia e seus possíveis efeitos práticos, como na operação do Pix, e voltou a defender a autonomia financeira da instituição.

“Neste ano, nosso orçamento de investimentos foi de R$ 15 milhões, isso é um quinto do que foi há cinco anos. Chegamos ao risco de alguma hora falar ‘como é que a gente vai conseguir fazer rodar o Pix?'”, afirmou o presidente do BC.

Segundo Campos Neto, as paralisações de funcionários da instituição, motivadas por ajustes salariais e mais contratações, já resulta no atraso da implementação da agenda digital, que inclui avanços como avanços no Pix e a criação do Drex, moeda digital ainda em fase de testes.

O presidente da instituição afirmou que a aprovação da PEC (proposta de emenda à Constituição) 65 seria uma oportunidade do BC, com uma empresa pública com autonomia fiscal e orçamentária, estabelecer contratos com empresas privadas de “gestão dividida”.

“Por exemplo, no Drex eu tenho ajuda de várias empresas, da Microsoft, da Parfin, e, para fazer os contratos é muito difícil, porque a máquina pública não programou esse tipo de contrato que precisamos na gestão moderna”, afirmou.

Sobre o apoio do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele afirmou que é necessário esclarecer alguns pontos. “O ministro [Fernando Haddad] tem falado que não é contra, mas que precisa esclarecer alguns pontos. E no Legislativo, no Senado, eu tenho sentido uma boa vontade para aprovar”, disse à imprensa.

 

 

 

Ag.Brasil/EBC

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *