Candidatos derrotados para o Governo tentam eleição de vereador na capital

No pleito deste ano, três ex-candidatos derrotados nas eleições gerais de 2022 em Mato Grosso do Sul resolveram testar novamente a popularidade com os eleitores de Campo Grande, já de olho nas vagas para vereadores na Câmara Municipal.

Entre eles estão Marquinhos Trad, que anunciou a saída do PSD e foi derrotado nas urnas na disputa pelo cargo de governador; Adonis Marcos, que trocou o Psol pelo Cidadania e também foi derrotado na tentativa de ser governador; e Juiz Odilon, que pediu desfiliação do PSD e foi derrotado na briga por uma cadeira no Senado.

Diferentemente do ex-governador André Puccinelli (MDB) e do ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB), os quais, a princípio, não pretendem disputar as eleições para vereador na Capital, por considerarem um certo desmerecimento fazê-lo, Marquinhos, Adonis e Odilon não têm nenhuma vaidade política e preferem recomeçar de baixo, em vez de continuarem dando murro em ponta de faca.

Levando em consideração os votos que os três tiveram mesmo sendo derrotados nas eleições de 2022, isso já seria mais do que suficiente para garantir as vitórias deles na Câmara de Vereadores
de Campo Grande.

Com exceção de Adonis Marcos, que teve apenas 3.251 votos em Mato Grosso do Sul e 1.805 em Campo Grande, Marquinhos Trad (124.795 votos no Estado e 76.102 na Capital) e Juiz Odilon (146.261 votos em MS e 70.100 na Cidade Morena), caso obtenham apenas 20% dos votos conquistados em Campo Grande, seriam os campeões de votos na disputa deste ano.

Além disso, com esse porcentual de 20%, Marquinhos Trad chegaria a 15.220 votos, enquanto Juiz Odilon conquistaria 14.020 votos. Ou seja, os dois candidatos poderiam ser facilmente eleitos e ainda ajudar nas eleições de até dois candidatos dos respectivos partidos pelos quais vão concorrer.

NOVAS SIGLAS

Por enquanto, Marquinhos Trad ainda não definiu a qual partido pretende se filiar. Entretanto, Juiz Odilon, que solicitou sua desfiliação do PSD nesta terça-feira com o senador Nelsinho Trad, presidente estadual da sigla, deve ingressar no PP, da senadora Tereza Cristina.

Afinal, Odilon faz parte do grupo que apoia a atual prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), que tentará a reeleição em 6 de outubro. No entanto, interlocutores do magistrado federal aposentado não cravam a ida dele para o PP, pois a desfiliação do PSD lhe abre caminho para novas alianças políticas e estratégias eleitorais.

Além disso, Odilon teria recebido ligações de candidatos de municípios do interior do Estado em busca de seu apoio nas eleições municipais deste ano. Ele ficou reconhecido nacionalmente pelo combate ao narcotráfico na fronteira Brasil-Paraguai.

Nas eleições de 2018, Juiz Odilon chegou a concorrer a governador e foi até o segundo turno pelo PDT, quando foi derrotado pelo ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que foi reeleito.

Apesar disso, ele fez 616 mil votos, perdendo a eleição por uma diferença de 62 mil votos. Na época, o magistrado disse que enfrentou problemas com a cúpula do PDT, pois, ao decidir não seguir a orientação nacional, ele apoiou o então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro, que concorreu pelo extinto PSL, que se fundiu com o DEM para virar o atual União.

 

 

CE

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