A Petrobras decidiu retomar a construção da fábrica de fertilizantes em Três Lagoas (MS), que está parada desde 2015. O projeto, conhecido como UFN3, é uma prioridade para a estatal, que busca reduzir a dependência do Brasil em relação aos fertilizantes importados, essenciais para o agronegócio.
Essa retomada ganhou destaque após a reabertura da fábrica de Araucária (PR), que estava inativa desde 2020. A unidade paranaense voltará a operar em 2025, produzindo insumos como ureia e amônia, que são fundamentais para a agricultura.
Por que isso é importante?
O Brasil é um dos maiores produtores agrícolas do mundo, mas precisa importar 85% dos fertilizantes que usa. Isso deixa o país vulnerável a crises e flutuações no mercado internacional. Com a retomada dessas fábricas, a Petrobras pretende aumentar a produção nacional e garantir mais estabilidade no fornecimento de insumos.
A fábrica de Três Lagoas, por exemplo, está estrategicamente localizada perto dos principais polos agrícolas do Centro-Oeste. Quando concluída, ela terá capacidade para produzir grandes volumes de ureia e amônia, ajudando a suprir o mercado interno.
O que aconteceu no passado?
A construção da UFN3 foi interrompida em 2015, quando 81% das obras estavam prontas, devido à Operação Lava Jato, que investigou empresas envolvidas no projeto. Desde então, a fábrica ficou parada, gerando prejuízos e impedindo o avanço da produção de fertilizantes no Brasil.
Em um evento recente no Paraná, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se emocionou ao falar sobre essa paralisação e ressaltou a importância de concluir projetos que foram abandonados no passado.
Próximos passos
A Petrobras está realizando uma auditoria para determinar o valor necessário para terminar a obra em Três Lagoas. Depois disso, o projeto será avaliado pelo Conselho de Administração da empresa. Se aprovado, a expectativa é que a fábrica entre em operação nos próximos anos.
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